quarta-feira, dezembro 19, 2007
acabou-se ou talvez não
Pior que isso, que não tem nem poderia nunca ter coisas boas e giras para revelar ao mundo, de resto o subtítulo do blogue já devia ter preparado de antemão todos os que aqui entram - "blogue sobre nada". A Asneirada tem a declarar que não lhe subjaz razão alguma para existir nem subsistir, a não ser um instinto primário e infantil de marcar território (como os gatos) e montar um estaminé no mundo virtual.
A Asneirada tem a declarar que a sua proprietária não tem pachorra, definitivamente, para abrir o blogger, pôr o e-mail e a password, escrever o texto e linkar quando tem que ser, deixar a sua opinião e contribuir para mudar o mundo. A Asneirada é profundamente céptica, ultimamente encolhe os ombros a quase tudo, e não se leva minimamente a sério. A Asneirada declara ainda que não terá paciência, vai-se já avisando, para comments e reacções do estilo "mas que post foi aquele, pá??".
A Asneirada declara que este blogue é, quanto muito, uma perda de tempo na vida da proprietária. Pois esta, em vez de ter aberto o blogger, inserido o e-mail e a password, e escrito um texto (sem links, felizmente) que não vai de todo mudar a vida da humanidade, devia estar a ler «Platon et le Simulacre» de Deleuze, e se querem que eu diga sobre o que é, apenas posso dizer que não faço a mais pálida ideia, mas está na bibliografia obrigatória do meu mestrado.
A Asneirada tem a declarar, não obstante o óbvio desprezo pelo seu conteúdo, que nunca está satisfeita com o seu aspecto e que precisa de ir frequentemente ao cabeleireiro e à manicure. Mais vale parecer do que ser, é o que isto significa. A Asneirada reconhece e não tem problemas em admitir que é um blogue fútil. Se subsistir, nova ida ao salão já está marcada na agenda.
A Asneirada declara que a sua proprietária sente que não pode continuar a desperdiçar o seu tempo com a sua Criação, pois acredita que se não é hoje uma pessoa melhor, mais valorosa e mais íntegra, é porque desgraçadamente o dia só tem vinte e quatro horas (e oito delas são para passar na cama) e porque ao longo dos últimos tempos foi obrigada a fazer escolhas difíceis e definir prioridades que a afastaram dos seus companheiros de rumo de sempre. A proprietária d' A Asneirada sente-se genuinamente triste e derrotada por isso.
A Asneirada declara que a sua proprietária acaba de atravessar o pior ano da sua vida. Este é por isso o último texto de 2007. Que este ano acabe o mais rapidamente possível, é o que deseja a Joana, que está cansada e que já não aguenta viver nele (2007) muitos mais dias. A Asneirada deseja a todos portanto um bom Natal, já que o seu próprio não será grande coisa, e que deixem todos para trás este ano tão nefasto. Em 2008, logo se vê se o blogue continua.
manifesto extremamente irritado
e quem diz que gosta do Inverno, das duas uma: ou não sabe o que diz ou então adora sofrer!
sexta-feira, dezembro 07, 2007
grandíssima descoberta
quarta-feira, dezembro 05, 2007
terça-feira, dezembro 04, 2007
4 de Dezembro
Eu nasci a 11 de Setembro e o meu pai a 11 de Março.
Por tudo isto, já sei quando será a próxima tragédia de contornos presumivelmente assassinos: a 6 de Setembro, que é quando faz anos o meu irmão.
sábado, dezembro 01, 2007
parabenização
Isto é nitidamente a malta de CPRI 2001-2005 a subir na vida.
Parabéns!
perderam a cabeça!
Esta é a grande notícia da semana. Qual cimeira de Annapolis, qual Portela + 1, qual greve da função pública...
A cabeça que se lembrou de um nome destes para operadora de telemóveis, que após longo retiro para reflexão chegou à conclusão que "fónix" é a expressão ideal apelar às camadas jovens deste país, é um génio do marketing.
quinta-feira, novembro 29, 2007
domingo, novembro 25, 2007
I gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see
and be what I want to be
When I think more than I want to think
I do things I never should do
I drink much more than I ought to drink
Because it brings me back you
Lilac wine is sweet and heady, like my love
Lilac wine, I feel unsteady, like my love
Listen to me... I cannot see clearly
Isn't that she coming to me nearly here?
Lilac wine is sweet and heady, where's my love?
Lilac wine, I feel unsteady, where's my love?
Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that she, or am I just going crazy, dear?
Lilac Wine, I feel unready for my love,
feel unready for my love
sábado, novembro 24, 2007
Grandes tretas
quarta-feira, novembro 21, 2007
Convalescente
Por isso, e porque na verdade não tenho nada de interessante para dizer (apesar do apoio que amigos me prestam na caixa de comentários :) ), deixo-vos com um momento lúdico, na music box para esta semana: José Cid anotado.
Beijinhos a todos e até breve
sábado, novembro 03, 2007
quinta-feira, novembro 01, 2007
terça-feira, outubro 30, 2007
quinta-feira, outubro 25, 2007
Recomendação e indagação
Recomendo vivamente a Time Out Lisboa. Começará por certo a fazer parte dos meus rituais semanais.
Uma objecçãozita apenas. A única parte má foi a secção "gay", dedicada a "Deborah Kristal", a/o (nunca sei) travesti mais famoso de Lisboa.
São coisas que irritam. Já o Pride 2007 na Praça do Comércio (auto-intitulado "lésbico, gay, bissexual, transgénero e hetero") não passou de um desfile horrendo de transformistas em palco.
A pergunta impõe-se: PORQUE RAIO?
domingo, outubro 21, 2007
Brejeirice
sábado, outubro 20, 2007
A sugestão do Chef
O Mamma Rosa fica na Rua do Grémio Lusitano, no Bairro Alto, e é a antítese dos novos restaurantes italianos que querem ser ultra chiques e sofisticados na decoração e nos pratos. É pequenino, parece uma casa de lenhador, tem toalhas à italiana (riscas cruzadas verdes e brancas) e aquele ambiente intimista. É o máximo!
Adenda: a Inês passou por aqui e sentiu-se muito sentida por não ter sido referida na descoberta do Mamma Rosa. Fica a homenagem à senhora que mais sabe de restaurantes na capital de Portugal (a sério, she's the one).
quarta-feira, outubro 10, 2007
Ela está em Bilbao
é este o rio de que me falas?
A pessoa que é, por si só, a definição exacta e perfeita de amizade, encontra-se neste momento noutro país, a cuidar de si (e só faz é bem). Se quiserem saber que pessoa extraordinária é essa, têm que se deslocar até Bilbao. É a Marta. Muitos beijinhos e muitas felicidades nessa tua aventura, e um até breve já cheio de saudades.
sábado, outubro 06, 2007
Não estou nessa droga
Cada vez mais se me revela que o Hi 5 é um antro de descerebrados, cultivado por descerebrados e feito propositadamente para os descerebrados deste mundo se expressarem. Como é possível que as pessoas exponham tanto da sua vida, mostrem trinta mil fotos suas (na escola, no jardim, no centro comercial, na casa de banho), revelem informações pessoais e se submetam ao ridículo de forma tão consciente? Sim, o que leva as pessoas a quererem ser ridículas? - se isto não é intrigante, eu não sei o que é!
sexta-feira, setembro 21, 2007
Inacreditável
Departamento de Abastecimentos
Divisão de Apoio Administrativo e Financeiro
Divisão de Apoio à Assembleia Municipal
Divisão de Apoio à Acção Social Interna
Divisão de Análise e Controlo Financeiro
Divisão de Apoio à Câmara Municipal
Departamento de Ambiente e Espaços Verdes
Divisão de Auditoria de Finanças e Operações
Departamento de Auditoria Interna
Divisão de Apoio Juvenil
Departamento de Apoio Jurídico à Actividade Financeira
Departamento de Apoio aos Orgãos do Município
Departamento de Apoio à Presidência
Divisão de Auditoria de Projectos e Actividades
Departamento de Acção Social
Divisão de Apoio Sócio-Educativo
Departamento de Bibliotecas e Arquivos
Departamento de Contabilidade
Departamento de Construção e Conservação de Equipamentos
Departamento de Construção e Conservação de Habitação
Departamento de Construção e Conservação de Instalações Eléctricas e Mecânicas
Departamento de Conservação de Edifícios Particulares
Divisão de Comunicação e Imagem
Divisão de Cadastro Municipal
Departamento de Desporto
Divisão de Equipamentos Escolares e de Apoio à Juventude
Departamento de Educação e Juventude
Departamento de Estudos e Planeamento Financeiro
Divisão de Estudos, Programação e Gestão dos Realojamentos
Divisão de Estudos, Planeamento e Informação
Divisão de Equipamentos Públicos e Licenciamentos Especiais
Departamento de Empreitadas, Prevenção e Segurança de Obras
Divisão de Fiscalização de Obras de Instalações Eléctricas e Mecânicas
Departamento de Formação, Saúde, Higiéne e Segurança
Divisão de Galerias e Ateliers
Departamento de Gestão do Espaço Público
Divisão de Gestão de Frota
Divisão de Gestão de Feiras, Venda Ambulante e Comércio Não Sedentário
Divisão de Gestão de Informação e Apoio Técnico
Divisão de Gestão de Mercados e Lojas
Divisão de Gestão de Obras de Arte
Departamento de Gestão dos Recursos Humanos
Departamento de Gestão Social do Parque Habitacional
Departamento de Gestão Urbanistica I
Departamento de Gestão Urbanistica II
Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos
Gabinete de Fiscalização do Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos
Gabinete de Relações Públicas
Divisão de Informação e Atendimento
Divisão de Intervenção nos Bairros Municipais
Divisão de Inspecção e Fiscalização
Departamento de Informação Geográfica e Cadastro
Divisão de Iluminação Pública
Divisão de Iluminação Pública (Piquete)
Divisão de Informação Urbana Georeferenciada
Departamento Jurídico
Divisão de Limpeza Urbana
Direcção Municipal de Actividades Económicas
Departamento de Modernização Administrativa e Gestão da Informação
Direcção Municipal de Acção Social, Educação e Desporto
Direcção Municipal de Ambiente Urbano
Direcção Municipal de Cultura
Divisão de Gestão de Arquivos
Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana
Departamento de Monitorização e Difusão de Informação Urbana
Direcção Municipal de Finanças
Direcção Municipal de Gestão Urbanística
Direcção Municipal de Habitação
Divisão de Museus e Palácios
Direcção Municipal de Protecção Civil, Segurança e Tráfego
Direcção Municipal de Projectos e Obras
Direcção Municipal de Planeamento Urbano
Direcção Municipal de Recursos Humanos
Direcção Municipal de Serviços Centrais
Divisão de Novas Tecnologias
Divisão de Projectos e Acompanhamento de Obras
Departamento de Património Cultural
Departamento de Protecção Civil
Divisão de Património Cultural
Divisão de Programação e Divulgação Cultural
Departamento de Planeamento Estratégico
Departamento de Projectos Estratégicos
Departamento de Património Imobiliário
Departamento de Planeamento de Infra-Estruturas
Departamento de Obras de Infra-estruturas e Saneamento
Departamento de Planeamento e Projectos
Departamento de Planeamento Urbano
Divisão de Qualificação do Espaço Público
Divisão de Relações Externas e Protocolo
Departamento de Reabilitação e Gestão de Unidade de Projecto
Departamento de Reparação e Manutenção Mecânica
Departamento de Serviços Gerais
Divisão de Segurança, Higiéne e Saúde
Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego
Departamento de Turismo
Divisão de Telecomunicações e Administração de Sistemas
Departamento de Urbanismo Comercial
Unidade de Projecto de Alfama
Unidade de Projecto da Alta do Lumiar
Unidade de Projecto do Bairro Alto e Bica
Unidade de Projecto da Baixa-Chiado
Unidade de Projecto de Chelas
Unidade de Projecto do Castelo
Unidade de Projecto da Mouraria
Unidade de Projecto da Madragoa e São Paulo
Unidade de Projecto do Parque Mayer
Unidade de Projecto do Parque das Nações
Unidade de Projecto de São Bento
domingo, setembro 16, 2007
O meu contributo para o Caso Maddie
De nada.
quinta-feira, setembro 13, 2007
Mas como é que eu nunca me lembrei disto antes?
Não devo temer, porém! A avaliar pelos temas de certas teses que se fazem por aí, isto de fazer um mestrado pode afinal ser bem divertido e, acima de tudo, genuinamente educativo e construtivo.
Há quem faça teses de doutoramento (de doutoramento, o que é ainda pior) sobre a sexualidade no Capuchinho Vermelho.
"Entre leituras à volta de Proust e de Perrault, com inúmeras entrevistas pelo meio, [Francisco Vaz da Silva, professor no ISCTE] chegou a conclusões curiosas. Afinal, o lobo mau é um lobisomem ("porque fala e muda de pele") e o Capuchinho Vermelho uma adolescente de 14 anos prestes a perder a virgindade. Há sexualidade do primeiro ao último acto. Basta ler nas entrelinhas, diz. Não é por acaso que o Capuchinho chega a casa da avó cheio de flores. "Elas estão associadas à virgindade. Por isso se diz que uma mulher foi desflorada". Das flores, o estudioso avança para a avó do Capuchinho - previamente morta pelo lobo e servida à protagonista numa salgadeira. "O Capuchinho come a avó e bebe o seu sangue, o que simboliza o ritual de passagem de geração. A avó sai da vida sexual activa e a neta inicia-a". Já de estômago cheio, faz um strip para o lobo, o que tem toda a lógica para o antropólogo. "A menina é virgem e está na pujança dos seus 14 anos". Por fim, o lobo come-a. Apesar de insólita, a tese de doutoramento foi bem acolhida pelo meio académico. O professor teve nota máxima no doutoramento (aprovado com distinção e louvor)."
(suplemento sobre pós-graduações da Sábado desta semana)
É sempre hilariante que se tenha que ler Proust e Perrault para descobrir possíveis significados ocultos e profundamente simbólicos em histórias como o Capuchinho. Tenho já uma ideia para a minha futura tese: vou inspirar-me nas obras completas de Freud e Foucault para falar sobre a carga altamente erótica do nariz do Pinóquio.
Deste excerto, gosto especialmente da parte que diz: "já de estômago cheio, faz um strip para o lobo". Muito se diverte esta malta.
terça-feira, setembro 11, 2007
domingo, setembro 09, 2007
sexta-feira, setembro 07, 2007
And the winner is
Hasta la victoria, siempre
Aproximam-se as festividades do partido da ideologia mais sanguinária de todo o século XX: o "Avante!". Um dos grandes motivos de celebração são os noventa anos sobre a revolução de Outubro na Rússia. Na entrevista de hoje ao jornal Público, o secretário-geral do partido, o camarada de Sousa, lamenta que a queda da URSS tenha abrido caminho ao neoliberalismo. Ó tempo volta para trás, que os gulags, as purgas e a miséria igualitária são mil vezes preferíveis à selva capitalista.
Tenho ouvido de vários lados que o "Avante!" é o maior envento cultural no nosso país. Eu acho que isso revela bastante sobre Portugal. Para além do asco que me mete a ideologia e a sua praxis, o que me faz mais confusão são os que tradicionalmente lá vão pela "buba", a bifana e o convívio. Esses, se tivessem dois dedos de testa, não punham os pés numa festa destas.
quinta-feira, agosto 30, 2007
Arautos dos valores da família
Há semanas, Bob Allen, membro republicano da Casa dos Representantes dos EUA e figura de proa na cruzada anti-gay (=anti-deboche), foi preso por tentar aliciar um polícia (macho) à paisana para sexo numa casa de banho pública.
E agora, o senador republicano Larry Craig, outro agitador da bandeira moral tradicionalista, também foi apanhado por um polícia à porta de uma casa de banho com condutas menos decentes!
PORQUE É QUE OS ARAUTOS DOS VALORES DA FAMÍLIA SÃO SEMPRE OS PIORES?
quarta-feira, agosto 22, 2007
Glendalough, Co. Wicklow
Entre os dois lagos do vale de Glendalough (glen-da-lóc), nas montanhas de Wicklow, uma pessoa chega a acreditar que Deus existe para além de qualquer dúvida.
Não longe daqui foi filmado o Braveheart, por a vegetação ser semelhante à escocesa e porque o governo irlandês oferece generosos benefícios fiscais à produção cinematográfica.
O cemitério rodeando a torre redonda e a igreja conhecida como St. Kevin's Kitchen. A lenda diz que os casais que dão três voltas à torre ficam juntos para sempre.Na cruz celta, especificamente irlandesa, o círculo representa o sol, que era um símbolo máximo dos pagãos. Significa, por isso, a conversão da ilha ao cristianismo, após a vinda de St. Patrick. Na era contemporânea, foi infelizmente apropriada pela escumalha da supremacia branca.
Devo registar que o nosso guia, de seu nome Damien, também condutor do autocarro e animador de serviço, parecia o típico white trash hooligan inglês que vem beber cerveja para Albufeira no Verão, com anéis e fios de ouro e uma tatuagem enorme do Celtic de Glasgow no braço. Em suma, parecia do mais bronco possível. Afinal, foi o melhor dos story-tellers.
terça-feira, agosto 21, 2007
Ar puro
Tão simples
segunda-feira, agosto 20, 2007
O futuro
Dublin - pequena, amorosa e vibrante
Ao contrário de Lisboa, diminuída e envelhecida na sua população, Dublin é uma cidade que transborda juventude e encontra-se em expansão. É pequena e não tem sequer metropolitano, o que permitiu que pudéssemos andar muito a pé. As artérias principais, O'Connell Street e Grafton Street (onde há actuações de rua quando o tempo assim o permite) estão sempre cheias de gente frenética, bem como a parte sul do rio Liffey, que divide a cidade e que é o seu verdadeiro centro. Adoro a mistura harmoniosa de cores dos edifícios e das lojas. As portas das casas também têm cada uma a sua cor, conta-se que é assim porque antigamente os homens entravam na casa errada e deitavam-se ao lado de uma mulher que não a sua, quando vinham do pub já bem regados. Os pubs e os cafés estão sempre cheios - SEMPRE. Quem vai a Dublin e se pergunta como é possível existirem tantos pubs (em cada rua existem pelo menos dois) sem que vão à falência, percebe logo: os irlandeses vivem literalmente para os pubs e para o craic (sinónimo para "passar um bom tempo"). E muitos começam a beber às 11 da manhã. Fiquei no entanto com a ideia que eles são malucos mas pacíficos. Houve até alguém que gozou comigo o tempo todo por eu ter acreditar piamente que Dublin é uma cidade sem crime.
Suffolk Street
Houve uma rua que ficou imeditamente baptizada como "a minha favorita" em Dublin: Suffolk Street, onde está a St. Andrew's Church. Achei maravilhosa a forma como as inúmeras igrejas e catedrais da cidade, sobretudo as medievais (Patrick's, Christ's Church, St. Andrew's) parecem ter sido feitas exactamente à medida da cidade dos dias de hoje. Foi aqui que apanhámos o nosso autocarro da viagem às montanhas de Wicklow. E aqui percebi também um pouco o porquê do milagre económico irlandês - eles aproveitam como ninguém o turismo. Só nesse dia, cinco companhias privadas diferentes apanhavam ali turistas para o mesmo destino.
Ao entrar em Trinity pensei: porque é que eu não pude tirar o meu curso numa relíquia histórica destas? Não, a minha faculdade antiga, na Avenida de Berna em Lisboa, é um antigo quartel com prédios feios e onde se passeiam galos naquilo a que chamam esplanada exterior. E outras coisas inenarráveis.
Em Trinity, encontra-se ainda guardado o Book of Kells, manuscripto magistralmente ilustrado por monges celtas.
verde e laranja
Erin go bragh
E há coisas inestimáveis, as quais só nos damos conta quando saímos de Portugal: é tão bom poder andar em ruas onde não exista cocó de cão no chão.
Fotos: Kilkenny, Co. Kilkenny, a "mais bonita cidade interior da Irlanda" - so we were told. A cidade tem um belíssimo castelo, propriedade antiga dos Butler, que dominaram a cidade durante 500 anos. A rodear o castelo, existem jardins extensos de perder de vista. Coisas destas existem por toda a Irlanda.
domingo, agosto 12, 2007
terça-feira, julho 31, 2007
if men could menstruate
What would happen if suddenly, magically, men could menstruate and women could not?
Clearly, menstruation would become an enviable, boast-worthy, masculine event: men would brag about how long and how much.
Young boys would talk about it as the envied beginning of manhood. Gifts, religious ceremonies, family dinners, and stag parties would mark the day. To prevent monthly work loss among the powerful, Congress would fund a National Institute of Dysmenorrhea. Doctors would research little about heart attacks, from which men were hormonally protected, but everything about cramps. Sanitary supplies would be federally funded and free.
Of course, some men would still pay for the prestige of such commercial brands as Paul Newman Tampons, Muhammad All's Rope-a-Dope Pads, John Wayne Maxi Pads, and Joe Namath Jock Shields—"For Those Light Bachelor Days." Statistical surveys would show that men did better in sports and won more Olympic medals during their periods.
Generals, right-wing politicians, and religious fundamentalists would cite menstruation ("men-struation") as proof that only men could serve God and country in combat ("You have to give blood to take blood"), occupy high political office ("Can women be properly fierce without a monthly cycle governed by the planet Mars?"), be priests, ministers, God Himself ("He gave this blood for our sins"), or rabbis ("Without a monthly purge of impurities, women are unclean").
Male liberals or radicals, however, would insist that women are equal, just different; and that any woman could join their ranks if only she were willing to recognize the primacy of menstrual rights ("Everything else is a single issue") or self-inflict a major wound every month ("You must give blood for the revolution").
Street guys would invent slang ("He's a three-pad man") and "give fives" on the corner with some exchange like, "Man, you lookin' good!", "Yeah, man, I'm on the rag!"TV shows would treat the subject openly. (Happy Days: Richie and Potsie try to convince Fonzie that he is still "The Fonz", though he has missed two periods in a row. Hill Street Blues: The whole precinct hits the same cycle.) So would newspapers. (SUMMER SHARK SCARE THREATENS MENSTRUATING MEN. JUDGE CITES MONTHLIES IN PARDONING RAPIST.)
Men would convince women that sex was more pleasurable at "that time of the month." Lesbians would be said to fear blood and therefore life itself, though all they needed was a good menstruating man. Medical schools would limit women's entry ("they might faint at the sight of blood"). Of course, intellectuals would offer the most moral and logical arguments. Without that biological gift for measuring the cycles of the moon and planets, how could a woman master any discipline that demanded a sense of time, space, mathematics—or the ability to measure anything at all?
In philosophy and religion, how could women compensate for being disconnected from the rhythm of the universe? Or for their lack of symbolic death and resurrection every month?Menopause would be celebrated as a positive event, the symbol that men had accumulated enough years of cyclical wisdom to need no more. Liberal males in every field would try to be kind. The fact that "these people" have no gift for measuring life, the liberals would explain, should be punishment enough.
Gloria Steinem, "If Men Could Menstruate"
domingo, julho 29, 2007
É bom
quinta-feira, julho 26, 2007
Morri-me
Aquela minha vida morreu. Toda a existência que eu conhecia alterou-se bruscamente, a ponto de eu me interrogar se serei hoje ainda a mesma pessoa que fui. Joana = Joana? Aposto no não.
E sem, dar conta disso, esta corrente alucinante de perdas e ganhos, e tristezas e alegrias, deixou-me esgotada. E eu tenho uma vontade extrema de chorar, se bem que não sei se tenho forças. Falta-me a energia de uma maneira que nunca conheci. Tenho 23 anos. Talvez seja apenas a falta de sono, que as exigências de uma vida de trabalho numa cidade diferente e a vivência de um amor maior que a vida não são pêra doce.
Perdi tanto nestes últimos tempos. Já convivi tão perto com a morte que esta parece ter passado a fazer parte de mim. O cheiro, o aspecto, o espectro, a iminência, a omnipresença da morte. Ela tem estado tão presente que é como se acordasse ao meu lado, caminhasse junto a mim e se sentasse à minha frente. Parece-me agora que tenho feito um esforço que ultrapassa a capacidade humana. Mas não me apercebi disso.
Perder um pai? Ao início, apesar da dor lancinante incompreensível, nós pensamos: "a vida continua para a frente e tudo o que eu tenho a fazer é honrar a sua memória". Mas depois... há algo que fica permanentemente danificado aqui dentro, algo que continua a moer e a moer e a moer - e, uma vez mais, a gente não se dá conta disso pois está loucamente inebriada com o Amor.
Às tantas, porém, o corpo e a mente ressentem-se. Parece não restar ponta de frémito. Apenas um vazio de perder de vista.
quarta-feira, julho 25, 2007
Já para casa
terça-feira, julho 17, 2007
segunda-feira, julho 16, 2007
Um grande bem-haja
Lição de hoje: todas as crianças mentem e isso é perfeitamente normal, o problema é quando dizem mentiras em excesso ou quando nunca dizem mentiras de todo. E, muitas vezes, o que os assusta são os "olhos muito esbugalhados" dos pais quando ralham.
terça-feira, julho 10, 2007
segunda-feira, julho 09, 2007
Coisas que explicam muita coisa
domingo, julho 08, 2007
Assim é que era bonito
Taj Mahal
Estátua da Liberdade (assobiada pelo povão idiota no estádio da Luz)
Grande Muralha da China
Machu Picchu
Coliseu de Roma
Petra
Torre Eiffel
quarta-feira, julho 04, 2007
And the winner would be
O site das 7 novas maravilhas é o caos. Já tentei ir lá votar três vezes , mas tudo indica que não vou conseguir ficar na história (oh...). Mas se votasse, votava nesta grande coisa : a Grande Muralha da China. Só porque se vê do espaço.
segunda-feira, julho 02, 2007
quarta-feira, junho 27, 2007
Porque é que Sociologia é aquele curso da treta
"(...)Poderá argumentar-se que tal crítica, mais do que decorrer da argumentação teórica apresentada, subjaz a essa mesma argumentação e, por esta via, questionar-se a cientificidade de tal argumentação ou sustentar um relativismo epistemológico radical de onde se extrairia a impossibilidade de escolha entre modos de argumentação decorrentes. Por um lado, conclusões deste tipo, que ignoram o complexo processo de vaivém entre os domínios analítico e normativo (irredutível a uma sequência simples do tipo pressuposto -> teoria), serão contestados no início do capítulo 1, a propósito do recenseamento dos contributos de Jeffrey C. Alexander, no domínio da sociologia da sociologia, sobre a relação entre teoria e pressupostos: se a toda a construção sociológica subjazem pressupostos morais e políticos, nas disputas entre abordagens teóricas concorrentes é possível "ganhar conhecimento cumulativo sobre o mundo" desde que prevaleçam critérios de racionalidade na organização dos processos argumentativos"
Quanto mais incompreensível, melhor, que é para dar aquele ar de coisa séria e complexa.
domingo, junho 24, 2007
Temos medo de parecer racistas
"Sempre que se tem notícia de mais um assassinato de uma jovem muçulmana, perpetrado pela família, em consequência do nefando "crime" de amar quem o pai não quer, ergue-se um coro de vozes paliativas dizendo que não é só no mundo islâmico que as mulheres morrem às mãos dos homens da sua família. Aconteceu agora, aquando da condenação dos assassinos de Banaz Mahmod, uma rapariga de 20 anos que vivia em Birmingham, Inglaterra e que acabou por ser morta e enterrada pelo pai e pelo tio, depois de se ter dirigido por diversas vezes à polícia contar as ameaças de morte do progenitor e pedir ajuda - sem sucesso.
sexta-feira, junho 22, 2007
Considerações sobre a desgraça árabe
Samir Kassir, asassinado em 2005, em Beirute.
segunda-feira, junho 18, 2007
Amar é imaginar a eternidade
A conquista mais importante da minha vida será contemplar o pôr-do-sol, já senhora de vestuta idade, sentada num alpendre, contigo ao meu lado e com a tua mão pousada na minha. Olhar atrás, recordar o momento em que projectei o nosso sonho e pensar "quantos anos passaram!... ". Saborear de forma tranquila e merecida o nosso triunfo sobre o mundo incréu.
sábado, junho 16, 2007
Rbfaz ku fyrhen ççodahh nfdan makdgtej
sexta-feira, junho 15, 2007
quarta-feira, junho 13, 2007
Uma história sobre a amizade
Só que no último Natal, vi na televisão a terceira parte do Senhor dos Anéis e chorei baba e ranho, maravilhada de êxtase. Bastou para me fazer comprar a trilogia, que, por circunstâncias várias, só me decidi a ver agora. Estou a ver aos poucos, mas continuo abismada a cada cena, a cada dizer magnificamente proferido, a cada nome, a cada melodia, a cada vestimenta, a cada povoação, a cada batalha. Vou no "As Duas Torres". Começo a ficar deprimida só de saber que tudo vai acabar já daqui a filme e meio.