terça-feira, maio 30, 2006
Acontece-me
Às vezes esqueço-me de levar música ou algo para ler na viagem diária de Setúbal a Lisboa e então entretenho-me a encostar a cabeça para trás, olhar o céu e procurar Deus sentado numa nuvem qualquer (as janelas são grandes e eu vou sempre encostada a uma). Pode ser que Ele lá esteja! Nunca se sabe, e Ele pelo menos nunca se poderá queixar de pouco esforço da minha parte. Ele nunca poderá dizer que eu não O procuro.
Entretanto, dá-se desde sempre neste autocarro um fenómeno estranho, e eu certamente já fiz mais de mil idas e voltas. As pessoas conseguem dormir em bancos desconfortáveis, muitos deles estão "avariados" e não se conseguem puxar para trás, e eu garanto que há muito solavanco violento durante os quarenta minutos. Mas as pessoas dormem ali e se for preciso ressonam, e assim permanecem mesmo que o condutor passe por cima de um calhau. Isto para mim é inconcebível, pois enquanto eu não estiver na horizontal e aconchegada sou incapaz de adormecer. Mas eu ali já vi as mais bizarras posições de sono.
E o mais incrível de tudo é que isto passa-se às 8 da manhã, pelo que eu só posso concluir que somos um povo que dorme mal. Se às 8 da manhã se dorme que nem uma pedra num sítio tão confortável quanto uma pedra, é porque andamos todos a dormir mal. Ou então andamos a dormir o tempo todo, daí a lentidão da retoma económica.
Também não gosto daquelas pessoas que mal aparece uma ponta de sol pedem logo para puxar a cortininha. Cócós.
domingo, maio 28, 2006
O petróleo, outra vez
O EXEMPLO SUECO: DEPENDÊNCIA DO PETRÓLEO TERMINA EM 2020
Parece uma promessa eleitoral demagógica de um político demasiado sonhador. A ministra para o Desenvolvimento Sustentável da Suécia anunciou, preto no branco, que a partir de 2020 o seu país vai deixar de depender definitivamente de combustíveis fósseis, principais responsáveis pelas emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, criando um efeito de estufa que tem provocado o aquecimento global do planeta. Mas será possível cumprir a promessa? Os suecos acreditam que sim e estão seriamente empenhados em queimar etapas.
Em 1970, quase 80 % de toda a energia consumida no país tinha origem no petróleo. Entretanto, muitas centrais hidroeléctricas e eólicas foram construídas. Em 2003, esta dependência já estava reduzida para 34 %. E isto aconteceu num período de grande crescimento económico, com um número cada vez maior de empresas a produzir. A eficiência é quase uma obsessão. As 705 unidades industriais suecas que estão incluídas no mercado europeu do carbono emitiram 19 milhões de toneladas de CO2 em 2005. Comparação rápida: são o triplo das unidades industriais portuguesas mas lançam para o ar metade das emissões.
Agora, as atenções viraram-se para os automóveis. A Saab começou a comercializar no ano passado novos modelos de carro que consomem bioetanol obtido a partir de cana-de-açúcar. São apenas comercializações na Suécia, mas isso basta para serem um sucesso de vendas.
Em muitas cidades, os velhos autocarros a gasóleo também têm vindo a ser substituídos por novos modelos alimentados a biogás produzido a partir de resíduos orgânicos domésticos. Segundo a revista "Time", a cidade de Helsingborg é um dos exemplos de como o suecos têm carregado no acelerador. Era suposto reconverterem 20 % dos autocarros até 2010, mas em 2004 já tinham reconvertido 23 % da frota. Resultado: a câmara municipal reformulou o objectivo. Em 2010, metade das viaturas já terão de ser amigas do ambiente.
O passo seguinte vão ser as casas, quase todas aquecidas actualmente com combustíveis fósseis. O Governo de Estocolmo criou um sistema de isenções fiscais para os proprietários que escolham instalar sistemas de aquecimento que trabalhem só com energias renováveis (painéis solares, por exemplo) ou energias consideradas mais limpas (caso da biomassa). Dentro de pouco tempo, será difícil para um sueco compreender o que é a crise do petróleo.
EXPRESSO, 27 Maio 2006
Parece uma promessa eleitoral demagógica de um político demasiado sonhador. A ministra para o Desenvolvimento Sustentável da Suécia anunciou, preto no branco, que a partir de 2020 o seu país vai deixar de depender definitivamente de combustíveis fósseis, principais responsáveis pelas emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, criando um efeito de estufa que tem provocado o aquecimento global do planeta. Mas será possível cumprir a promessa? Os suecos acreditam que sim e estão seriamente empenhados em queimar etapas.
Em 1970, quase 80 % de toda a energia consumida no país tinha origem no petróleo. Entretanto, muitas centrais hidroeléctricas e eólicas foram construídas. Em 2003, esta dependência já estava reduzida para 34 %. E isto aconteceu num período de grande crescimento económico, com um número cada vez maior de empresas a produzir. A eficiência é quase uma obsessão. As 705 unidades industriais suecas que estão incluídas no mercado europeu do carbono emitiram 19 milhões de toneladas de CO2 em 2005. Comparação rápida: são o triplo das unidades industriais portuguesas mas lançam para o ar metade das emissões.
Agora, as atenções viraram-se para os automóveis. A Saab começou a comercializar no ano passado novos modelos de carro que consomem bioetanol obtido a partir de cana-de-açúcar. São apenas comercializações na Suécia, mas isso basta para serem um sucesso de vendas.
Em muitas cidades, os velhos autocarros a gasóleo também têm vindo a ser substituídos por novos modelos alimentados a biogás produzido a partir de resíduos orgânicos domésticos. Segundo a revista "Time", a cidade de Helsingborg é um dos exemplos de como o suecos têm carregado no acelerador. Era suposto reconverterem 20 % dos autocarros até 2010, mas em 2004 já tinham reconvertido 23 % da frota. Resultado: a câmara municipal reformulou o objectivo. Em 2010, metade das viaturas já terão de ser amigas do ambiente.
O passo seguinte vão ser as casas, quase todas aquecidas actualmente com combustíveis fósseis. O Governo de Estocolmo criou um sistema de isenções fiscais para os proprietários que escolham instalar sistemas de aquecimento que trabalhem só com energias renováveis (painéis solares, por exemplo) ou energias consideradas mais limpas (caso da biomassa). Dentro de pouco tempo, será difícil para um sueco compreender o que é a crise do petróleo.
EXPRESSO, 27 Maio 2006
quinta-feira, maio 25, 2006
Palavras de que gosto
MIXÓRDIA
s. f., pop.,
salsada;
mistifório;
confusão;
embrulhada;
zurrapa;
comida mal feita;
produto falsificado por mistura fraudulenta
s. f., pop.,
salsada;
mistifório;
confusão;
embrulhada;
zurrapa;
comida mal feita;
produto falsificado por mistura fraudulenta
segunda-feira, maio 22, 2006
sábado, maio 20, 2006
Hoje vai disto
* Adenda: como é possível observar aqui em baixo, A Asneirada decidiu democratizar-se após pedidos insistentes de várias famílias (mentira). Assim, o caro leitor poderá, de agora em diante e de forma ordeira, deixar o seu bitaitezinho, pese embora este seja um blogue sobre nada e pouco de relevante haja a acrescentar.
Reclamação logo pela manhã
Hoje vai haver aquela concentração no estádio nacional por causa de um evento a que chamaram "a mais bela bandeira do mundo" (sim, preparem-se, porque durante umas semanas, por causa Mundial, Portugal vai deixar de ser o Portugalinho, o ser-se português vai deixar de ser deprimente para passar a ser "um orgasmo", e as lamúrias diárias vão dar lugar a bandeiras à janela - são sintomas de um povo verdadeiramente idiota, o que só se entusiasma à conta do futebol). Pois eu tenho uma dica a dar: a bandeira é FEIA. Os republicanos de há cem anos atrás, para além de terem espalhado o caos político-social e aberto caminho para os quarenta anos de ditadura isolacionista, ainda tiveram a ideia de fazer a pior junção de cores de todos os tempos. Eram gente de pouco sentido estético, aqueles republicanos.
O que tinha esta de mal? Bolas, era só tirar-lhe a coroa!
O que tinha esta de mal? Bolas, era só tirar-lhe a coroa!
sexta-feira, maio 19, 2006
quarta-feira, maio 17, 2006
sábado, maio 13, 2006
Palavras de que gosto
DELICO-DOCE (também pode ser tudo junto)
adj. 2 gén., deprec.,
presumido;
delambido;
melífluo;
piegas.
adj. 2 gén., deprec.,
presumido;
delambido;
melífluo;
piegas.
quinta-feira, maio 11, 2006
11 de Maio é um dia histórico
Por inúmeras razões:
- o Luxemburgo conquista a independência em 1867
- Cristóvão Colombo parte para a sua quarta e última viagem às "índias ocidentais" em 1502
- o primeiro ministro britânico Spencer Perceval é assassinado em 1812
- em 1960, é posta à venda a primeira pílula contraceptiva
- a Ferrari estreia-se em corridas, em 1947
- Irving Berlin nasce em 1888, Salvador Dali em 1904
- Bob Marley morre em 1981
Mas o dia mais importante de todos foi 11 de Maio de 1980.
- o Luxemburgo conquista a independência em 1867
- Cristóvão Colombo parte para a sua quarta e última viagem às "índias ocidentais" em 1502
- o primeiro ministro britânico Spencer Perceval é assassinado em 1812
- em 1960, é posta à venda a primeira pílula contraceptiva
- a Ferrari estreia-se em corridas, em 1947
- Irving Berlin nasce em 1888, Salvador Dali em 1904
- Bob Marley morre em 1981
Mas o dia mais importante de todos foi 11 de Maio de 1980.
terça-feira, maio 09, 2006
Hoje é dia da Europa
segunda-feira, maio 08, 2006
Hey Jude .
Hey Jude, don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her into your heart,
Then you can start to make it better.
Hey Jude, don't be afraid
You were made to go out and get her
The minute you let her under your skin
Then you begin to make it better.
And anytime you feel the pain, hey Jude, refrain,
Don't carry the world upon your shoulders
For well you know that it's a fool who plays it cool
By making his world a little colder
Hey Jude, don't let me down
You have found her, now go and get her
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better
So let it out and let it in, hey Jude, begin,
You're waiting for someone to perform with
And don't you know that it's just you, hey Jude, you'll do,
The movement you need is on your shoulder
Hey Jude, don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her under your skin
Then you'll begin to make it
Better better better better better better
Na na na nananana, nannana, hey Jude...
domingo, maio 07, 2006
Insólito III
Costumo receber na minha caixa de correio do Hotmail as mais bizarras coisas, desde forwards sobre as maravilhas da amizade e o amor (eu queria era saber quem é que se dá ao trabalho de compôr aquelas coisas) a mensagens em cadeia que, se quebradas, são garantia certa de perda do emprego e do amor da minha vida, entre outras catástrofes. Mas também recebo frequentemente, vá se lá saber porquê, mails pessoais de gente que não conheço. Eis o último, de um Pedro Crespo:
ex da madeira...extudax na goncalvex zarcu e morax na petneada...ne?? kuandu lerex exte e-mail rxp.........bjs...fica bem...
Em primeiríssimo lugar, eu preciso que alguém me explique qual a utilidade de se trocar os Ss por Xx: não se poupa tempo, não se poupa espaço, é uma contribuição assassina para a profanação da língua portuguesa (hoje os Xx e os Kk, amanhã os "hádem", os "houveram" e os "interviu") e, acima de tudo, é esteticamente horripilante e confuso. Eu acredito mesmo que a maneira de escrever é um indicativo fiel do estado evolutivo dos jovens no actual panorama tuga, e fico preocupada por ver que há por aí tanta gente que não consegue passar para lá do homo erectus. Esta é a geração que aí vem.
Quanto ao conteúdo da mensagem, garanto que nunca estive naqueles sítios, e fico baralhada com a pergunta "morax na petneada...ne??". A sério, que localidade é esta? O mais aproximado que conheço é o Penteado, onde moram os avós da minha amiga Susana.
Acedi ao apelo do Pedro Crespo e respondi-lhe.
ex da madeira...extudax na goncalvex zarcu e morax na petneada...ne?? kuandu lerex exte e-mail rxp.........bjs...fica bem...
Em primeiríssimo lugar, eu preciso que alguém me explique qual a utilidade de se trocar os Ss por Xx: não se poupa tempo, não se poupa espaço, é uma contribuição assassina para a profanação da língua portuguesa (hoje os Xx e os Kk, amanhã os "hádem", os "houveram" e os "interviu") e, acima de tudo, é esteticamente horripilante e confuso. Eu acredito mesmo que a maneira de escrever é um indicativo fiel do estado evolutivo dos jovens no actual panorama tuga, e fico preocupada por ver que há por aí tanta gente que não consegue passar para lá do homo erectus. Esta é a geração que aí vem.
Quanto ao conteúdo da mensagem, garanto que nunca estive naqueles sítios, e fico baralhada com a pergunta "morax na petneada...ne??". A sério, que localidade é esta? O mais aproximado que conheço é o Penteado, onde moram os avós da minha amiga Susana.
Acedi ao apelo do Pedro Crespo e respondi-lhe.
sábado, maio 06, 2006
Para ti, A.
Ora cá vai um beijo bem embrulhadinho, metido no expresso para a Guarda, mas atenção que a saída é na Gardunha (com paragem de 5 minutos em Castelo Branco e mái' nada!), directamente para a casa da senhora dona avó com uma bandeira portuguesa colada na porta, para depois à noite fazer a ronda religiosa pelo Amnésia, Romano e English (também lhe chamam Ingles, sem ^), porque com a fé não se brinca. O beijo acaba sonoro nas tuas bochechas neste esplendoroso dia do teu 23º aniversário.
Parabéns A., sua velha carcaça. Gosto muito de ti!
Parabéns A., sua velha carcaça. Gosto muito de ti!
Sentimento de uma ocidental
(Cesário Verde não se escandalizará)
Há uma coisa que eu estou em condições de garantir, caro leitor: o choque com a realidade - há quem goste de lhe chamar "fracasso", um rotundo e totalizante "fracasso" - é coisa que esmaga. Esmaga como se esmaga uma pomba contra um muro, como se esmaga uma alminha que não fazia ideia. É curioso, porque em pequena, eu tinha grandiosos planos e visões para a minha pessoa. Com 10 anos, eu via-me melhor que toda gente dali a outros dez ou vinte. Eu julgava-me à parte de tudo o resto, era especial, senão espacial. E tinha a certeza, tinha uma convicção rochosa e obstinada, que eu viria a distinguir-me brilhantemente das massas, muito mais, que viria a ganhar a admiração e até inveja dessa gente toda. Eu acreditava mesmo que isso iria acontecer. Juro.
Há uma coisa que eu estou em condições de garantir, caro leitor: o choque com a realidade - há quem goste de lhe chamar "fracasso", um rotundo e totalizante "fracasso" - é coisa que esmaga. Esmaga como se esmaga uma pomba contra um muro, como se esmaga uma alminha que não fazia ideia. É curioso, porque em pequena, eu tinha grandiosos planos e visões para a minha pessoa. Com 10 anos, eu via-me melhor que toda gente dali a outros dez ou vinte. Eu julgava-me à parte de tudo o resto, era especial, senão espacial. E tinha a certeza, tinha uma convicção rochosa e obstinada, que eu viria a distinguir-me brilhantemente das massas, muito mais, que viria a ganhar a admiração e até inveja dessa gente toda. Eu acreditava mesmo que isso iria acontecer. Juro.
Espertina
As insónias quando me acontecem fazem-no sem necessidade de autojustificação. Porque não durmo? Não sei. Não há razão. A insónia não me permite sequer manter-me de olhos fechados, pensando, pensando e pensando, não (e ainda bem); é como se me tivessem implantado molas nas pálpebras e elas se mantivessem assim escancaradas a noite inteira - e daí a haver uma mola a tirar-me da cama vão segundos.
Há, na insónia, uma coisa que me perturba e outra que me regala o espírito. A primeira é a sensação de que vou na direcção contrária ao resto do mundo e que cada segundo que passa reforça a consciência da minha oposição*. Já a segunda, quando me esqueço que amanhã há sociedade outra vez, é a deste prazer verdadeiramente solitário que é vir à janela cheirar a noite (porque a noite tem cheiro), olhar um pedaço do terço da vida que as pessoas gastam no seu sono e esperar até que não haja nenhum carro a passar ao longe para poder ouvir o som perfeito e imaculado do silêncio. É uma música que só a esta hora se pode ouvir.
* mas também, quem me garante que esse "mundo" anda bom da cabeça?
Há, na insónia, uma coisa que me perturba e outra que me regala o espírito. A primeira é a sensação de que vou na direcção contrária ao resto do mundo e que cada segundo que passa reforça a consciência da minha oposição*. Já a segunda, quando me esqueço que amanhã há sociedade outra vez, é a deste prazer verdadeiramente solitário que é vir à janela cheirar a noite (porque a noite tem cheiro), olhar um pedaço do terço da vida que as pessoas gastam no seu sono e esperar até que não haja nenhum carro a passar ao longe para poder ouvir o som perfeito e imaculado do silêncio. É uma música que só a esta hora se pode ouvir.
* mas também, quem me garante que esse "mundo" anda bom da cabeça?
Resolução do mês
(...) gostaria de recuperar aquela tradição tão linda e tão só nossa de mails extraordinários, mails como mais ninguém à face da terra manda (venha cá quem vier), lembro-me logo daquela conversa e-mailiana surreal que tivémos sobre os Maroon 5, o John Mayer, o Justin Timberlake (continuo fanzoca pa sempre, ok?) e a Sarmento (...)
terça-feira, maio 02, 2006
Insólito II
Em 1989, eu era muito pequenina e não prestava assim tanta atenção às gentes taralhoucas que habitam o Portugalinho. Mas chegou-me recentemente aos ouvidos que um dos clássicos da nossa jurisprudência é um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça desse ano, referente ao caso de duas estrangeiras, a Svetlana e a Dubrova, que pediam boleia no Algarve e acabaram violadas numa mata qualquer.
Pronunciando-se sobre uma decisão da primeira instância que condenou os jovens violadores, o STJ reafirmou a condenação mas (preparem-se) desculpabilizou-os em simultâneo. Caros amigos e caras amigas, as mentes brilhantes do nosso STJ consideraram que a violação era mais que "previsível", uma vez que a Svetlana e a Dubrova se pavoneavam em plena "COUTADA DO MACHO IBÉRICO" - assim mesmo, sem tirar nem pôr (isto ainda numa era pré-ascenção de Zézé Camarinha ao estrelato). Ora sabendo que na COUTADA DO MACHO IBÉRICO os machos têm efectivamente sangue na guelra e não andam cá com rodriguinhos nem delicadezas na hora H, considerava-se no acórdão que "as duas ofendidas muito contribuíram para a sua realização", "fizeram-nos conscientes do perigo que corriam" e porque toda a gente sabe que "aqui, tal como no seu país natal, a atracção pelo sexo oposto é um dado indesmentível e, por vezes, não é fácil dominá-la". É assim que funciona na COUTADA DO MACHO IBÉRICO.
Faço votos que a Svetlana e a Dubrova, estejam lá elas onde estiveram, nunca tenham entendido o que quiseram dizer os juízes do STJ, espero que, vindas de um mundo diferente e mais civilizado, não tenham percebido bem o significado de uma expressão idiota como COUTADA DO MACHO IBÉRICO e, assim, se lembrem apenas do sistema judicial tuga como o que condenou aqueles que as violaram e não o que tentou dar-lhes uma lição de moral e bom senso (desfilarem assim pela COUTADA DO MACHO IBÉRICO, tenham lá paciência!).
Perdoem-nos, Svetlana e Dubrova.
Pronunciando-se sobre uma decisão da primeira instância que condenou os jovens violadores, o STJ reafirmou a condenação mas (preparem-se) desculpabilizou-os em simultâneo. Caros amigos e caras amigas, as mentes brilhantes do nosso STJ consideraram que a violação era mais que "previsível", uma vez que a Svetlana e a Dubrova se pavoneavam em plena "COUTADA DO MACHO IBÉRICO" - assim mesmo, sem tirar nem pôr (isto ainda numa era pré-ascenção de Zézé Camarinha ao estrelato). Ora sabendo que na COUTADA DO MACHO IBÉRICO os machos têm efectivamente sangue na guelra e não andam cá com rodriguinhos nem delicadezas na hora H, considerava-se no acórdão que "as duas ofendidas muito contribuíram para a sua realização", "fizeram-nos conscientes do perigo que corriam" e porque toda a gente sabe que "aqui, tal como no seu país natal, a atracção pelo sexo oposto é um dado indesmentível e, por vezes, não é fácil dominá-la". É assim que funciona na COUTADA DO MACHO IBÉRICO.
Faço votos que a Svetlana e a Dubrova, estejam lá elas onde estiveram, nunca tenham entendido o que quiseram dizer os juízes do STJ, espero que, vindas de um mundo diferente e mais civilizado, não tenham percebido bem o significado de uma expressão idiota como COUTADA DO MACHO IBÉRICO e, assim, se lembrem apenas do sistema judicial tuga como o que condenou aqueles que as violaram e não o que tentou dar-lhes uma lição de moral e bom senso (desfilarem assim pela COUTADA DO MACHO IBÉRICO, tenham lá paciência!).
Perdoem-nos, Svetlana e Dubrova.
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24 anos, velha carcaça.