A nomeação estranha e imprevisível da desconhecida Sarah Palin para a candidatura republicana à presidência dos EUA, nada mais do que uma jogada de sedução, recordou-me que há uma espécie de criaturas que me causam urticária: fundamentalistas religiosos.
Esta mulher defende o ensino do criacionismo (que Deus criou o mundo há seis mil anos) nas escolas e acha que a guerra no Iraque é um desejo de Deus. Também os ayatollahs acham que matar ocidentais é uma ordem de Allah.
Maneiras que isto é assim: se McCain é eleito presidente e bate as botas, esta fulana será presidente dos EUA. Livrem-nos deste filme. Já nos bastam os apocalípticos do outro lado da barricada.
domingo, setembro 07, 2008
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24 anos, velha carcaça.
4 comentários:
Incrível como nos EUA, o tal país que se assume como líder do Mundo, ainda há estados onde o criacionismo é tido como verdade incontestável e o darwinismo é pura e simplesmente proibido.
No caso da Sra Palin, encontramos uma interessante contradição. Tão religiosa e rigorosa e, no entanto, com uma filha tão liberal.
Se fosse possível eu era capaz de adquirir a nacionalidade estado-unidense só para votar no Obama.
Embora não seja propriamente admirador do Sr Mário Soares, ele publica hoje no DN uma interessante crónica sobre a Sra Palin.
Retiro uma parte muito interessante:
"É uma neocon radical. Reclama mais armas, mais política de força, intensificação das guerras, mais pena de morte, mais petróleo, sem a mínima preocupação com a defesa do planeta ameaçado. É religiosa fanática, contra o aborto, contra os gays, criacionista, subscreve os desvarios anticientíficos contra a teoria da evolução, unilateralista, está convencida que a América, com a bênção de Deus, poderá governar o mundo. Ignora as crises, o desemprego, o déficit astronómico, e quanto à política externa, zero. Quer dizer, se fosse eleita, a América teria mais quatro anos do mesmo... ou pior. Um pesadelo e um desastre para o Ocidente - nomeadamente para a União Europeia - e para o mundo."
A ler em
http://dn.sapo.pt/2008/09/09/opiniao/mudanca_republicanos.html
Não concordo totalmente com a análise do Mário Soares, visto que a Sarah Palin não é uma neoconservadora, é uma representante da direita evangélica, que é uma coisa diferente. O Bush, que congregou os votos do eleitorado da direita evangélica, rodeou-se posteriormente de neoconservadores, que não estão tão interessados nas questões domésticas de moralidade e costumes quantos os evangélicos, mas mais em expandir a influência norte-americana no mundo.
Neste momento, com a saída de cena dos neoconservadores, ficaria, agora sim, a direita evangélica.
Deus criou o Mundo, mas qual é a dúvida?
Também criou a intolerância, o radicalismo, o abuso de autoridade, e claro a estupidez desmedida!
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