quinta-feira, setembro 11, 2008

25 anos, velha carcaça

25 é um número marcante. Primeiro, nem quero acreditar que já vivi metade da minha casa dos vinte. Não acredito que já cá cheguei. Aliás, pensei que nunca viesse mesmo a chegar, pois quando tinha dez anos acreditava que o mundo ia acabar no ano 2000. Depois, porque a minha projecção de mim própria para lá da idade adulta foi sempre bastante turva.
Não tendo prestado muita atenção aos meus aniversários nas ocasiões anteriores, este ano encontro-me num estado meditabundo. Os últimos dois anos arrancaram-me à força e definitivamente da infância (sim, foi prolongada e tardia), da qual tenho saudades e que recordo com muito carinho e melancolia. Se eu pudesse reviver esses momentos, só mais uma vez, com todas essas pessoas que fizeram parte do meu passado e que hoje estão longe, nem que fosse por uns segundinhos… Se eu pudesse. Gostava de ser aquele tipo de pessoas que se alegra com o seu próprio aniversário. Eu só me lembro como é triste que tudo passe e poucas coisas fiquem.
Aos 25, tenho também um sentimento de urgência. Como se fosse um agora ou nunca.
24 anos, velha carcaça.