segunda-feira, julho 31, 2006

O povo e a feira, a feira e o povo

Momento da noite, na Feira de Sant' Iago: o ar melodramático com que a rapariga de uma das bancas de rifas (às moscas) cantava Tony Carreira. Merecia um plano apertado e prolongado de Manoel de Oliveira.
Na outra banca de rifas, não longe dali, estava lá uma concentração impressionante de povo e o feirante berrava ao microfone que o presunto a sorteio era delicioso.

Porque têm uns tantos e outros nada?

Outra questão metafísica: que loucura é esta agora com as Farturas da Luizinha? Tudo bem que o povo tinha ficado órfão das Farturas do Penim desde que a Feira mudou de sítio, mas esta nova histeria era de todo desnecessária. Eu ouvi, juro que ouvi, uma velhota a dar graxa de forma escabrosa à Sr. Luizinha quando lá foi comprar seis farturas.

O povo. O povo é aquela coisa.

1 comentário:

Eu sou assim! disse...

Já para não falar no "enxame" de mosquitos que por lá andava. Sim, porque só nessa terra para fazerem uma feira dessa natureza ao lado, em cima, ou por baixo já nem sei de valas comuns!

Deveria ter lá estado eu e a Inês nessa feira, sim, os dois juntos. Era o fim da picada. :D

24 anos, velha carcaça.