sábado, abril 22, 2006

Apontamento cultural

Ontem vi uma das miúdas dos Morangos com Açúcar na Casa das Sandes da baixa lisboeta. Estava a falar com a amiga sobre "dar autógrafos".

quinta-feira, abril 20, 2006

Tenho um talento inato

Quanto mais eu penso estar a fazer tudo certo, maiores são os disparates que me nascem das mãos.
Por favor, ponham-me num colete de forças.

quarta-feira, abril 19, 2006

O tédio da vida

A vida é um tédio.

terça-feira, abril 18, 2006

A banda sonora para hoje


o regresso à inocência .








p.s. - Come Away With Me é a melhor canção de todos os tempos.

Facto

Para ilustrar como é mágica essa maneira que tu tens de ajeitar o cabelo com as mãos, talvez não fosse suficiente a Nona Sinfonia de Beethoven.

sexta-feira, abril 14, 2006



Women go after doctors like men go after models. They want someone with knowledge of the body, we just want the body.

Tive um sonho

O continente decidia regressar ao espírito visionário da altura da fundação da Europa dos povos, da democracia, da paz e da liberdade. A União Europeia tornava-se uma União de facto, já que o casamento ainda parece ilusório. A Europa em conjunto decidia apostar definitivamente (sim, para sempre, com um final feliz) nas energias alternativas e libertava-se finalmente da chantagem do mundo obscuro e medieval dos cabeças de trapo do Médio Oriente. A Europa fazia da política energética uma prioridade e deixava de estar preocupada com as guerras do petróleo, num braço de ferro com um adversário que não deseja outra coisa senão cortar-lhe a cabeça. A Europa decidia abastecer-se a si própria e não tinha que prestar mais obediência ao polícia do mundo, que presta obediência à Arábia Saudita, a quem prestam obediência as mesquitas europeias. Deixávamos por fim de ser reféns, na certeza de que daqui a umas décadas o petróleo vai secar e que quando esse mundo de ayatollahs e sultões implodisse, não iríamos sofrer assim tanto com isso.

Depois tocou o despertador.

Gasolina atinge o preço mais alto de sempre

quinta-feira, abril 13, 2006

Lost in translation

Cenas de um café à portuguesa.
O sr. empregado de balcão: "Então essa vidinha?"
A brasileira acabada de entrar: "Tudo jóia".

quarta-feira, abril 12, 2006

Sobre Ele

O medo não se quantifica, é impossível. Porque ele é infinito. O medo não se expulsa nunca, ele apodera-se, ramificando-se, e quando damos por nós estamos já petrificados. O medo é uma estátua, um monumento gigantesco, e a tendência mecânica é para o reverenciarmos com uma vénia. Muito respeito. O medo ganha vida própria (e adquire contornos maiores do que a própria vida). O medo nasce dentro de nós, dentro do peito, nasce por produção involuntária da alma, surge assim quase do nada mas transcende-nos mais tarde e torna-se uma entidade solene anexada à nossa pessoa, e acompanha-nos para todo o lado daí em diante. A certa altura, o medo deixa de nos pedir licença e ocupa-nos o quotidiano. O medo, sendo uma coisa natural, tem no entanto esse perigo imenso: pode tornar-se numa forma de vida, ditando acções, reacções e decisões. E torna-se doloroso, por arrasto, somente pensar sobre esse fenómeno do medo, por consciência da sua omnipotência.

Circo (das celebridades)

Finalmente acertaram no habitat natural de José Castelo Branco.

A banda sonora para hoje



The case against: Michael Bublé é um foleirão como há muito não se via, bem sei, não sabe dançar mas tem a mania que sim (vejam e riam, é o meu conselho), as fãs são patéticas, daquelas histéricas que não sabem simplesmente estar quietas a apreciar e passam o tempo em pé a dançar com ele e a tirar-lhe fotos. Portanto, o cenário em seu redor não é, ao contrário do que ele pretende e acredita, minimamente glamouroso.

The case for: Michael Bublé é, para sua sorte, um extraordinário intérprete do Great American Songbook (e não só), e nestas coisas, a música é como o futebol (ver post Ad Infinitum). Há que ter elevação: quem não gosta do jazz-swing não tem um pingo de bom senso a correr nas veias. E Bublé tem ainda a fortuna de ter o gigante Tony Bennett a tecer-lhe loas (só não exagerem ao chamar-lhe “novo Sinatra”, por favor).

Veredicto final: ganha o argumento a favor de Bublé, mas pede-se um aperfeiçoamento da estética visual (ele ainda é jovem). E Michael, escusas de me agradecer este momento publicitário.

p.s.- a minha recomendação pessoal : The Way You Look Tonight que, para quem gosta de coisas romântico-piegas como eu, pode ser também ouvida na cena do barco de “O Casamento do Meu Melhor Amigo”.

domingo, abril 09, 2006

Hoje doem-me as costas

Velha carcaça, indeed.

Ad infinitum.

" A vitória portista de ontem deixa o Portugalinho um poucochinho mais deprimidinho, a imprensa desportiva assim um nadinha mais p'ró desconsolada, mas não é assim que nos sabe melhor? " (in Zé do Boné)

O meu testemunho é simples e singelo.
Sou adepta-sofredora do FC Porto há mais de dez anos, sócia há seis, perdi a conta a noites mal dormidas (umas por ansiedade, outras por alegria desenfreada), lembro-me ao pormenor tanto dos cinco golos marcados ao Benfica na Luz numa famosa Supertaça como da vergonha de Campomaior; recordo-me de vir um dia da escola, ainda criança, ansiosa por ver o FC Porto derrotar o Milan em San Siro. Vi o meu clube calar literalmente o país e sagrar-se campeão da Europa e do Mundo (... duas vezes) - venceria a taça do Universo se tal existisse. Vi o meu clube ser melhor que todos os outros juntos, anos a fio (metê-los num bolos, para ser mais precisa) e ser perpetuamente acusado de corrupções e mafias. Vi jogar o meu clube à chuva nas Antas, para no dia seguinte ler as coisas mais mirabolantes na imprensa demente no nosso querido Portugal.

O Sporting 0 - FC Porto 1 de 2005 / 2006 só veio comprovar uma coisa que qualquer pessoa de bom senso e razoável sofisticação (rareiam, lamentavelmente) devia saber: o FC Porto é e sempre será o melhor, seja onde for. Ad infinitum. Por isso, por favor, desistam do choradinho do costume.

E o orgulho maior não é ser portista no Porto, mas sim portista em Lisboa.
Que querem, sempre gostei de pertencer à elite.

É hora de varrer este cancro da Europa



Que se terá passado na cabeça dos italianos há cinco anos atrás?

terça-feira, abril 04, 2006

Mesmo depois de todos estes anos...

... a minha gata mia desalmada quando a deixam fechada na varanda.

segunda-feira, abril 03, 2006

Um dia muito especial (e muito respeitável)


A Case of You

Just before our love got lost, you said:
"I am as constant as a northern star", and said,
"Constantly in the dark, where's that at? If you want me I'll be in the bar"
On the back of a cartoon coaster, in a blue TV screen light
I drew a map of Canada...Oh Canada...And your face sketched on it twice

Oh you are in my blood like holy wine
You taste so bitter and you taste so sweet
Oh I could drink a case of you, darling
Still I'd be on my feet. I'd still be on my feet.

Oh I am a lonely painter, I live in a box of paints
I'm frightened by the devil and drawn to those who ain't afraid
I remember the time you told me "Love is touching souls"
Surely you touched mine
Part of you pours out of me in these lines from time to time

You are in my blood like holy wine
You taste so bitter and you taste so sweet
Oh I could drink a case of you
I could drink a case of you, darling
And still I'd be on my feet
I'd still be on my feet

I met a woman, she had a mouth like yours
She knew your life, she knew your devils and your deeds
She said "Go to him, stay with him if you can...But be prepared to bleed"

You are in my blood like holy wine
You taste so bitter and you taste so sweet
Oh I could drink a case of you, darling
And I'd still be on my feet
I'd still be on my feet

(Diana Krall , Live in Paris)

domingo, abril 02, 2006

22 anos, velha carcaça

Doem-me as pernas como se não houvesse amanhã.
Uma corrida da cidade até ao parque de São Paulo na serra da Arrábida (e a vinda? e a vinda?...). É que segundo a minha querida M., temos que nos pôr em forma, porque "os anos pesam (em certas partes localizadas do corpo) e não perdoam" - M., tu és mas é doida! Quem nos viu e quem nos vê.

O que me intriga desde sempre é a minha infalível dor de burro. Mas de onde vem aquilo?

sábado, abril 01, 2006

Asneiras em tempo de cólera


António Pires de Lima:
"O CDS tem que ser um partido sexy"

O líder do partido em desgovernança:
" Simplex? Parece-me um bocado propagandex, à Socratex, mas se for verdadex é bonsex".

Resposta do líder parlamentar:
" Não só não sou candidato (à liderança do CDS) como não aconselho ninguém a ser".


Andam com os valores todos trocados. Que gente, minha nossa.
24 anos, velha carcaça.