segunda-feira, novembro 13, 2006

A ignorância

O meu ritmo cardíaco está acima das cento e quarenta batidas por minuto desde o último mês de Janeiro. Ainda não parei para descansar, acho que ainda não dormi (mas tenho medo que seja tudo um sonho). Tenho um nó na barriga que não desata. E transpiro subitamente em determinadas alturas, tanto que parece que fico sem músculo e que me falham as pernas. E acontece também dizer coisas parvas por vezes, especialmente quando acho que tudo tem que ser perfeito. E há mais motivos de estupefacção: a ânsia por te ver, como se fosse sempre a primeira vez. Não interessa para o caso que te conheça já de olhos fechados: os momentos que antecedem o nosso reencontro são sobretudo inquietação. Torno-me impulsiva e não penso duas vezes: acho-me capaz de largar tudo o que faço no momento só para ir segurar a tua mão. E há uma dúvida que me intriga desde o início de tudo: não sei se sou assim por natureza, se és tu que me pões desta maneira. Não sei se esta é a minha maneira de gostar ou se é a consciência de ter nas mãos o maior amor de sempre. Não sei se sou protagonista espontânea ou se parte de algo infinitamente superior a mim.
Não sei o que é.
Não sei.

2 comentários:

Eu sou assim! disse...

Estás apaixonada e o resto são divagações. Beijo grande.

marta disse...

acho que sempre foste assim, mas nunca te deste conta do quanto podes dar a alguem. És especial pela forma como te entregas e por isso sorrio quando vejo como, desde janeiro, puseste à prova tudo o que tu és e o resultado é maravilhoso. Espero que continue tudo a correr bem, muitos beijinhos. Começa por ser uma questão de sorte, depois... é amor.

24 anos, velha carcaça.