Sou aquilo a que se convencionou chamar de fool in love.
No meu caso específico, ter consciência dessa condição é particularmente embaraçoso, pois sempre tive gosto em imaginar-me alguém bestialmente cool (e nada fool) em noventa e nove vírgula nove porcento das ocasiões. Ser fool in love, sendo simultaneamente eu, é transpôr-me do zero para o oitenta, do sofisticado para o patético numa questão de segundos. É ver-me idiota e perceber, de repente, que já o era quando ainda me julgava irrepreensível. Sou uma fool in love e sei que me encontro insolitamente in love. E sabe bem estar in love (isto é, supondo, num arriscadíssimo acto de fé, que também há love do outro lado), mas a parte fool, sinceramente desejava saber conviver melhor com ela.
Por incrível que pareça, estas são descobertas pessoais muito muito recentes.
segunda-feira, março 06, 2006
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24 anos, velha carcaça.
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